AS MENINAS VELHAS no Teatro São Cristóvão Saúde
AS MENINAS VELHAS
Com direção de Tadeu Aguiar e texto de Claudio Tovar, as atrizes Lucinha Lins, Barbara Bruno, Nadia Nardini e Sônia de Paula contam a história de quatro mulheres sessentonas de espírito libertário, seus desejos, projetos e a amizade de uma vida inteira.
O que faz, hoje, pessoas na faixa dos sessenta anos em diante, permanecerem com uma cabeça jovem e disposição física capaz de acompanhar qualquer pessoa de vinte? O que faz essas pessoas, como falou Aldir Blanc na sua música “Cinquenta anos”, insistirem na juventude? O que faz a velhice não chegar, apesar dos cabelos embranquecerem e a pele mostrar sinais da passagem do tempo? Será que para essas pessoas ele, o Tempo, não conta mais? Que magia é essa que acontece com os nossos “idosos”?
A peça trata dos “novos 60”, ou seja, da nova forma de viver a fase madura da vida – com produtividade, alegria, desejos e projetos a realizar. Não à toa autor, diretor e as quatro atrizes tem mais de 60 anos e são donos felizes do “lugar de fala” nessa narrativa.
A verdade é que, mais e mais, percebemos o nascimento de uma nova velhice, mais conectada aos desejos e repleta de opções e novos usos do tempo. Gente que chegou a uma idade madura mais feliz que a de seus pais, muitos ainda fechados em suas casas e aposentados de suas alegrias. O “velho” de hoje é o resultado de uma vida plena, ativa e feita de escolhas, por isso mais feliz – por vezes desfrutando de mais tempo livre, “filhos criados” e liberdade para viver a vida da forma que considerar satisfatória.
O “velho” de hoje surfa com o neto, malha, namora e navega na rede. Faz planos, tem amigos e, apesar – e até por isso – de o tempo de vida à frente ser menor do que o tempo para trás, vive intensamente e persegue novos sonhos e desejos.
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